sábado, dezembro 15, 2012

Minha casa

Minha casa está onde vive o coração. E desde que te conheci, meu coração fez morada em tuas mãos.
Deixe-me voltar para casa. Prometo não pendurar as roupas nas cadeiras da mesa de jantar. Prometo que melhorarei minha mira no vaso. Prometo não derrubar migalhas de pão no sofá. Prometo jogar no lixo o frango assado que passou da validade na geladeira. Prometo que a casa não será apenas do meu jeito nem deixarei tudo para que você decida. Ela será erguida e cuidada a quatro mãos. Todos os dias.
Deixe-me voltar para casa. Prometo não deixar ninguém interferir em nosso templo. Não posso, porém, evitar que opinem. Nossos amigos nos amam e por isso opinam. Mas filtrarei o que dizem e se passarem do limite, não se preocupe. Não importa quem seja, fecho a porta e passo o trinco e o/a deixo falando sozinho/a. Simples assim.
Deixe-me voltar para casa. Deixe-me sentir o calor da sala aquecida, do carpete que acaricia meus pés, dos cobertores macios que abraçam meu corpo, do inebriante perfume deixado pelo bolo de fubá que assa no forno.
Deixe-me voltar para casa. Para o lar que eu encontro em seu abraço.

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