domingo, setembro 03, 2006

Viagem à terra dos tupiniquins no Japão

Este fim de semana fui para Toyohashi, na província de Aichi-ken visitar minha querida tia Kimie, o tio Massayuki, e meus primos Mayumi, Kenji e Takeshi. Mais dois membros entraram para a família Kaneko: o marido da Mayumi, o Hideki, e o filho deles, o Júlio.
Cheguei em Toyohashi lá pelas 3 da tarde depois de uma longa viagem de 5 horas pegando trem comuns e fazendo baldeações. Visitamos lojas, fomos a restaurantes, e no domingo teve uma festa brasileira num parque da cidade. Era o dia do Brasil e nesta festa haviam barracas de comidas típicas brasileiras e no palco, atrações de música misturando cultura brasileira e japonesa.
Haviam muitos brasileiros nesta festa. Incrível o número de conterrâneos naquela região do Japão. Até parece a volta dos imigrantes japoneses à terra natal. Existem na cidade muitas lojas de artigos brasileiros, supermercados, fora os serviços específicos, tais como bancos tupiniquins, ofertas de emprego,...Fiquei realmente surpreso com tudo aquilo. Não sabia que a comunidade era tão grande. Mais ainda fiquei por perceber como os nikkeys se integraram ao povo brasileiro. Vi muitas faces de traços mestiços, muitos que não tinham sangue japonês mas eram casados com nikkeys. Realmente não somos mais japoneses. Engraçado pensar que no Japão somos chamados de brasileiros, e no Brasil, de japoneses...
Não somos nem brasileiros nem japoneses. Somos os dois, uma mistura muito especial de dois temperos muito distintos.
Agradeço à família Kaneko por me hospedarem com tanto carinho em suas casas. Digo no plural pois agora Mayumi mora em outra casa, junto com seu marido e filho.
A família Kaneko cresceu. Precisaram comprar um carro grande para carregar a todos com conforto. Takeshi, meu primo mais novo, que quando saiu de Sao Paulo era um pivetinho agora esta grande, com namorada, participando dos eventos da comunidade. Julio, o filho da Mayumi ja tem 2 anos e meio e ja fala, conversa. Kenji continua sempre com aquela alma pura, gostando do Criança Esperança e agora não sai da internet. Senti uma união muito grande entre eles. Uma verdadeira família, onde todos entendem e ajudam uns aos outros.

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