quinta-feira, março 24, 2011

Um caminho é sempre um novo caminho

 De frente ao mar, comendo uma comida feita em casa.


Às vezes me sinto tão velho. Tenho a sensação que já andei tanto, que já percorri tantos lugares que nada parece mais me chamar a atenção. Quanto mais viajo mais percebo a mentira que é o conceito de nação, de separatismos, de muros que separam uns dos outros. Seja aqui na Espanha, no Brasil ou no Japão as pessoas são e serão sempre as mesmas. E quando penso nisso começo a me questionar o que estou fazendo em Barcelona. Se as pessoas são sempre iguais, porque raios sai de perto da minha casa, da minha família?

E da mesma forma como acontece há milhões de anos, mais um dia nasce. Pego minha bike, boto a mochila nas costas e os fones no ouvido e saio para passear pelas ruas de Barcelona. Passo por um bairro tão pitoresco, de ruas estreitas e contruções de pedra e tijolo que parecem ter sido feitas há muitos séculos atrás. Pequenos comércios, panificadoras, supermercados, roupas. Cores e formas tão típicas da cultura catalã e espanhola e uma aura tão gostosa de me sentir em casa, acolhido. E assim a sensação de apatia dá lugar a um novo mundo tão belo e cheio de novidades. A vida toma novo frescor e me sinto como uma criança descobrindo um novo mundo. Obrigado Barcelona.

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