sábado, abril 12, 2008

O templo dos dez mil sóis


Antes de ler o post, deixe o video rolando. Não é o vídeo em si, o que importa é a música. Leia ouvindo.

Hoje fui pro espaço. O templo dos dez mil sóis. Um lugar onde o amor não existe. Um espetáculo de luzes e cores, de todos os matizes. Azuis, laranjas, amarelos, verdes, vermelhos. É possível se perder no meio delas. Luzes hipnóticas. Nebulosas. Nuvens. Fumaça. Fachos de luzes que trespassam as cortinas brancas.

Como disse, o amor não existe no espaço. O amor é um conceito por demais complicado num lugar onde tudo é movido pela maravilhosa energia que contamina o ambiente. Uma energia que carrega todos os astros. Milhões de planetas e estrelas que se deixam levar numa movimentação rítmica. Os corpos celestes que se atritam. Encostam. Deslizam. Chocam. Debatem. Tremem. O templo dos dez mil planetas.

No templo não é permitido a palavra falada. A palavra é um conceito por demais complicado no templo das dez mil estrelas. Assim como o amor. Mas os corpos falam. Palavra muda. Palavra dançada. Surda. Tátil. Sensorial. O templo dos dez mil passos.

Ouvi dizer que o movimento vertical dos corpos celestes pode ser comparado ao sexo dos homens. Sexo vertical dos astros. Atrito. Choque. Toque. Desejo. Calor. Fogo. Erupção. Explosão. O templo dos dez mil desejos.

O amor acabou. Sinto vontade de voltar para casa.

AGORA
Pensando:....
Ouvindo: How Can I Keep from Singing? - Enya

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